violência à mulher

A violência doméstica aumentou, se fala mais dela ou finalmente estamos mudando?

Ana Hickmann (traída, agredida financeira, psicológica e fisicamente por Alexandre Correa); cantora Naiara Azevedo(acusa o ex-marido por violência física,  patrimonial e ameaça); Rihanna (denunciou Chris Brown por enchê-la de hematomas); Luana Piovani (estapeada no rosto por Dado Dolabela numa festa); Palmirinha (vítima do ex-marido por anos a fio); Duda Reis (denunciou ex-noivo, cantor Nego do Borel por agressão e estupro); Gretchen (precisou fugir de casa pra escapar dos espancamentos do ex-companheiro); Joelma (traída e consistentemente humilhada por Ximbinha); Luiza Brunet (cujo ex-marido Lírio Parisotto foi condenado pela lei Maria da Penha, por socá-la no olho e quebrar 4 de suas costelas a chute); MC Marcelly (resgatada do cárcere privado mantido pelo Francimar Jorge Cavalcante, conhecido como Frank); arquiteta  Pâmella Holanda (marido, o DJ Ivis); cantora Pocah (agredida pelo ex-namorado quando estava grávida de sua única filha, hoje com 7 anos)…  Sem contar as famosas que já se manifestaram num post de Yasmin Brunet (“Deixe um . aqui se você já foi agredida física, emocional ou psicologicamente”): Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa, Isis Valverde, Tata Werneck, Fiorella Mattheis, Munik Nunes, Fernanda Schneider, Ananda Marçal, Antonia Morais.

Violência Doméstica Dispara na Alemanha

Em 2022, houve um aumento de 8,5% nos casos de violência doméstica. Foram mais de 240 mil casos registrados, cerca de 659 vítimas por dia! Dois terços dessa violência vem de parceiros íntimos. A maioria das vítimas (80%) eram mulherers e dos agressores, 78% homens. Crianças foram 37% das vítimas, aí incluído o abuso sexual infantil. Só neste ano, houve 702 mulheres vítimas de homicídio. Em 2020, foram 139 mortas pelas mãos do parceiro ou ex-companheiro. Este ano 2023, só no primeiro semestre, o país já registrou 722 feminicídios.

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Reportagem de revista Spiegel 25nov2023: Lugar mais perigoso para um mulher: sua casa

No Brasil, nem se fala… Ou melhor, fala sim!

Em 2022, Cerca de 50.962 mulheres sofreram violência, sendo 495 feminicídios. Mulheres pretas são as mais afetadas. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Datafolha já anunciaram um aumento geral na violência. Além disso, também  aumentou em 4,2% os casos de estupro em 2022, afetando principalmente meninas vulneráveis e com menos de 13 anos.

Mas a epidemia é global e grave

violência à mulher

No cenário mundial, o relatório “Safer Now”, revela aumento na violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. Segundo a OMS, uma em cada três mulheres do planeta sofre violência. Tem idéia do que é isso?! Na Ucrânia e a no Afeganistão, a violência sexual é usada como arma de guerra há anos. Mas a revista semanal alemã “Spiegel” acerta ao dizer que “O lugar mais perigoso para uma mulher é sua casa”. A reportagem, conta que a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por seu parceiro atual ou ex no país. E organizações sociais estimam que os casos não notificados sejam três vezes maior. Mulheres entre 30 e 40 anos são as mais afetadas, embora a violência atinja também crianças e outros membros da família. Superar isso significa destronar o patriarcado. E isso começa ao reconhecer e parar de replicar modelos de dominação e papéis de gênero do tempo das nossas avós.

O tema hoje é noticiado diariamente. Mas antes que se diga que seja sensacionalismo da mídia, a gente enfatiza: a violência contra mulheres e meninas AUMENTOU.  E isso em 2022, depois do período de pandemia, que fez a violência entre quatro paredes explodir no confinamento!

Virando o Jogo

O cenário é chocante, Mas a situação já está mudando. As pessoas estão tolerando cada vez menos essa indignidade e levantando a voz. Tem de brasileira famosa denunciando abuso, a protesto de rua na França, Itália e Guatemala. E não para por aí… Projetos de lei e iniciativas empresariais também já engrossam a marcha anti-machismo. Mas enquanto somente mulheres abastadas ou suficientemente conhecidas conseguirem se impor, a opressão coletiva do machismo continua sendo a regra.

A maioria de nós é levada a se conformar com uma vida frustrada simplesmente por saber que sendo uma andorinha só, e isolada, jamais conseguirá fazer verão… Sabendo disso, só nos resta então agregar forças. Lembram da palavra Sororidade? Mais importante que nomenclatura é a filosofia, a ação. Quando a gente passar a ser a mão-amiga uma da outra, metade da pressão por concorrência que sofremos se anula. Mas isso é tema para o próximo post…

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